domingo, 3 de novembro de 2013

CAPÍTULO 03 – DEPOIS DO FIM (ALMAS VAGANTES)

Linda vivenciara ao fechar a porta, um começo, depois do fim, naquele momento ela tinha-se questionado o que restara de si, pois não sabia o que dizer para quem ligar e aonde ir. Como na música Depois do Fim do Leoni.



ALMAS VAGANTES


A SOLIDÃO 

LINDA (RIO) 


Linda questionou-se por que Bruna não havia lhe avisado daquele compromisso.Ao distrair-se zapeando a internet, pois toda aquela situação a importunava, até mesmo o silêncio que imperava em seu apartamento, fora surpreendida ao ver decretado naquela tela fria do laptop, o último fio de esperança de um começo (possível reconciliação), depois do fim.

A ofensa maior a feriu entristecera foi fim fora dolorosamente decretado através das fotos e vídeos veiculados em alguns sites de entretenimento, mostrando imagens de Bruna Sednem, na noite anterior, em uma balada GLS em São Paulo.


SUSPIROS

O doloroso para Linda tinha sido ver tais imagens noticiadas, com a seguinte chamada: Ex senhora Linda Alvarez na mais badalada das Boates GLS de São Paulo.



AS IMAGENS DA LUXÚRIA DE BRUNA EM SÃO PAULO 


As imagens demonstravam o quanto ela estava feliz, alheia a tudo e a todos que ali também se divertiam naquela boate, mostravam-na dançando e beijando algumas meninas, trocando algumas carícias e intimidade com duas mulheres lindas.

Na verdade, revelava o quanto ela estava feliz e radiante, acenando para todas que ali estavam. Aliás, ela se fazia acompanhar com mais duas mulheres lindas e felicíssimas consentiram que os seus fãs e demais frequentadores da Boate as fotografassem, ou as filmassem, incluam-se aos “demais”, os paparazzi.

Estes no famigerado exercício da “profissão” flagraram-nas em situações comprometedoras, instantaneamente fotografaram e filmaram tais cenas e na mesma hora as lançavam na net, com pequenas notas.

Notas que em frações de segundos dariam causa as fofocas, de repercussão nacional e internacional.



A DOR 


O que era mais dolorido para Linda, ao ver aquelas malditas imagens, era o fato de que elas terem sido feitas com o consentimento de Bruna e das outras mulheres. Algumas imagens, diga-se de passagem, bem calientes. 

Aliás, tais cenas foram o deleite de todos os paparazzi de plantão, ávidos por flagrarem a intimidade de celebridades que se aventuravam nas baladas.  Certamente, pelo fato de que elas agirem como três mulheres “solteiras” dispostas apenas a “curtir” à noite, foram eleitas naturalmente pelos flashes e se deixaram flagrar. 

Cada uma susceptível ao que a noite estava preste a lhes ofertar. Elas vivenciavam  a euforia do momento, movidas pelo ritmo das músicas, agindo, algumas vezes, despudoradamente.



O ESCÂNDALO


Expondo suas emoções nuas e cruas tornavam-se vítimas, ou encenavam uma apresentação pública, cujas cenas mais comprometedoras eram cobiçadas pelos paparazzi, cujos flashes serviriam ao delírio dos aficionados por esse tipo de leitura.

No início algumas frequentadoras apenas eram “voyeurs” da situação. Depois de alguns minutos muitos começavam comentar e até duvidar se realmente Bruna estava casada com Linda, vez que tinha sido veiculada na mídia em geral, que elas partiriam por aqueles dias num revaiver de sua lua de mel.

Esse foi o assunto em todas as mesas e grupinhos formados naquela boate: 

"O que Bruna estava fazendo naquele lugar?" "O que fazia com aquelas mulheres em situações comprometedoras?" "Teriam rompido ela e Linda?"

Questionamentos justificados, com melhor memória, porque se lembravam de que foi veiculada pela mídia a notícia de que naquele dia ela embarcaria com a esposa, para uma segunda lua de mel.



O EGOÍSMO


Foi dessa forma, abrupta que Linda percebera que a esposa havia chegado ao ápice do seu egoísmo, ao agir daquela maneira leviana. Aliás, o seu egoísmo exacerbado levou-a ter aquelas atitudes impensadas, sem medir as consequências e nem na repercussão daqueles atos.

A atitude da companheira fora tão cruel, que rasgou sua pele por inteira, expondo o seu coração ferido, por um ato tresloucado. Até porque, ela sabia que seu nome seria exposto em um escândalo de grande repercussão.

Em um dos sites, uma pequena nota afirmara que a esposa, ou a “ex”, da cantora Linda Alvarez, a atriz Bruna Sednem sairá da Boate GKS às 6 horas acompanhadas de duas mulheres, com as quais tinha dançado e se divertido a noite toda.

A nota no rodapé de uma das fotos mais ousadas deixou Linda ainda mais aborrecida, pois dava a entender que Bruna sairá da balada, mas que a “diversão” não findara na saída da casa noturna.

Aquilo tudo lhe embrulhou o estômago e a deixou com muita, muita raiva, mas não se permitiu ter tempo para lamurias, precisava de uma explicação, então achou por bem ligar para Bruna e deixar que ela se explicasse o que realmente tinha acontecido naquela noite.  Foram horas e horas de tentativas vãs, o celular permanecia fora de área, ou desligado.  

Na verdade, era mais um escândalo lançado pela mídia sensacionalista,  que em alguns casos age sem a menor preocupação em preservar o direito de imagem do noticiado,  alegando que por serem pessoas públicas abrem mão de sua privacidade.

Dessa vez, eles poderiam se eximir de “culpa”, uma vez que era notório nas fotos o consentimento a toda aquela exposição, cujas manchetes viriam carregadas de insinuações. 

Em poucas horas a notícia da “noitada” se espalhara, manchando a imagem das protagonistas e o pior abalava mais o estado psicológico de Linda, que soubera da traição pelos meios de comunicação.

Às vezes tais notícias são plantadas por jornalistas, ou paparazzi medíocres, que fazem isso com, ou sem consentimento do noticiado, sem se importarem se são elas ou não verdadeiras. 

O que lhes interessa na verdade é obter publicidade para seus veículos, mas nesse caso, seria um prato cheio para imprensa. Fotos, vídeos e notas na internet sobre o fim de um casamento homossexual de duas pessoas públicas, que ousaram em assumi-lo, ainda na época em que isso seria capaz de destruir uma carreira.



BRUNA E OS PAPARAZZI 


No começo os paparazzi viviam caçando-as, cada passo em falso de uma delas, ou de ambas era motivo de dias e dias de notinhas comentando o ocorrido, não pela relevância dos fatos em si, mas ainda por puro preconceito.

Até que com o passar do tempo às pessoas acostumaram em ver as duas juntas, somente quando Bruna aprontava que o casamento delas voltava à mídia.

Já naquela noite, o passo em falso de Bruna não fora pelo fato de ter se divertido naquela boate e sim por ter consentido ser fotografada naquela situação constrangedora, apesar de estar casada com Linda. 

As primeiras notícias divulgadas na internet davam conta da “balada saliente”, horas depois já apontavam que a “diversão” tinha sido prolongada. Bruna e as duas acompanhantes estavam trancadas num quarto de um hotel de luxo.

Por mais que tentasse, Linda não conseguia entender como a companheira tinha conseguido cair tão baixo e expô-las dessa maneira. Aliás, por mais egoísta que ela já tivesse se mostrado, jamais tinha agido com tamanha falta de consideração e desamor.



A ESPERANÇA


Durante todo aquele funesto dia até as 22hs02min, Linda tentou não permitir que o raciocínio lógico sobrepusesse à esperança de ouvir da própria Bruna que tudo aquilo não passara de um mal-entendido sensacionalista. 

Verdade ou não, Decerto não seria ela a retornar as inúmeras ligações recebidas dos tabloides, para que comentasse a indiscrição da esposa. O que de fato colocaria mais lenha na fogueira, admitindo-se traída da forma mais vil.  Então, perambulou pelo apartamento a sua espera, ao menos de um telefonema. 

Extenuada de horas e horas de espera, do mais opressor silêncio que já houvera naquele apartamento e das notas lançadas na net durante todo aquele dia, Linda decidiu tomar um calmante e dormir.



O CANSAÇO


As 22hs00min Linda caminhava para o seu quarto, decidida a fugir de todo aquele pesadelo, quando ouviu o bip de aviso de entrada de e-mail, na sua conta privativa, que somente Bruna e pessoas da família conheciam.

Quase desistiu de ir ao escritório ler o e-mail recebido, mas uma força estranha a compeliu. Por mais estranho que fosse ela chegou a expressar um sorriso ao ler de quem se tratava, talvez porque aquilo seria bem típico de uma pessoa tão egoísta como Bruna. 


Linda,
Há dias que venho pensando e cheguei à conclusão de que ele será melhor para nós duas, um tempo. Tenho um mar de dúvidas dentro de mim. Por favor, não fique chateada comigo. 
Linda, preciso decidir o que fazer da minha vida. Ou melhor, se ainda quero continuar casada, vivendo neste marasmo que a vida nos colocou, ou viver as novas experiências que o mundo lá fora nos oferece. 
Ontem, depois da gravação do programa, resolvi sair… Fui pra balada com duas amigas, a noite foi maravilhosa, aliás, está sendo. Não quero mentir.
Quero ser feliz, mesmo que essa felicidade seja efêmera. Você deve estar pensando que fiquei louca, que seja loucura então.
Acho que nós estávamos erradas em tentar salvar o que há tempos terminou.
Desculpe-me, tente ser feliz, como estou sendo agora, te adoro, mas precisamos deste tempo, apesar de continuar te amando e sabendo que você foi, é e sempre será importante em minha vida.
E se neste tempo aparecer alguém em sua vida, sinta-se livre para ser feliz.
Aliás, Linda aproveite a reserva que tínhamos feito no Resort em Costão de Santinho, para sair do Rio.

Obs: Passo no seu apartamento para pegar os meus pertences. De sua eterna amiga, que nunca deixará de te amar.
Bruna.
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Comente a sua opinião é muito importante.

 “AS MARGENS DO RIO QUE SÃO OS SEUS OLHOS, EU SENTEI E CHOREI”. 
ROMANCE 02.0002.003 - Reeditado 08/03/14 
Lei de Direito Autoral nº 9610/98

Notas finais:

-> Para você meu Mar...
->  Lê e Lia meu mui obrigado por terem me incentivado no início.  
-> Obrigada Rosana por carinhosamente ter comentado o capítulo 02.
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2 comentários:

  1. Pra ser bem sincera, tenho pena é da Bruna.
    Coitadinha, tão fútil e iludida... Infeliz!
    Nada que a vida e o tempo não ensinam!

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  2. Concordo com você Rosana, a Bruna é uma coitada. Bem verdade, nada que a vida e o tempo a ensinaram.
    Muita obrigada, um beijo em seu coração.

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