terça-feira, 25 de novembro de 2014

CAPÍTULO 15 – ESTRELA, ESTRELA (UM STRIPTEASE E A CONFIRMAÇÃO DE UM ENCANTAMENTO)


Ao ver Diva, Linda cantou, em forma de declaração, o encantamento que estava a brilhar como uma estrela cintilante no universo do seu ser. Como na canção Estrela, Estrela, de Maria Rita (Composição: Vitor Ramil).



UM STRIPTEASE E A CONFIRMAÇÃO DE UM ENCANTAMENTO



Uma estrela a cintilar no universo do querer de Linda


Em fração de minuto a aqueles pontos luminosos, os olhos de Luana, a impressionaram, tão quanto do acontecido naquela faixa de pedestre, minutos atrás. Passaram efetivamente a um cintilar triunfante em um universo só perceptível aos olhos de Linda.

Bastou que o triunfante cintilasse daquela estrela (Diva, melhor dizendo Luana) a encantasse, para que ela pudesse ver toda a beleza do mundo diante dos seus olhos.

Maravilhada silenciou-se, a fim de ouvir a canção de encantamento que os olhos daquela mulher com jeito de menina entoavam. O qual, diga-se de passagem, em um curtíssimo período de tempo a fez fechar os olhos e sentir estar a valsar nas nuvens, com aquela mulher tão encantadora, melhor dizendo, com aquela Deusa.

E ao abri-los lá estava ela, aquela que seria a partir daquele momento, como é, a musa de suas canções. Por inteiro, fascinada, deslumbrada, a propósito, nenhum adjetivo existente em um dicionário vivo, que poderia dar o significado, ou a traduzir, ou a informação sobre a beleza de Luana.

Ao som daquela canção deixou-se ser levada por Diva, do palco e depois por toda noite. Aliás, a qual, a Diva que conduz até hoje.

E, diga-se de passagem, partilhava do mesmo encantamento, quando se impressionou com aqueles pontos luminosos que cintilavam de dentro do carro da cantora. No qual, por imprudência das duas, ocorreu àquele incidente (o quase atropelamento), mas, na verdade, era o destino a agir. 

  A dançarina e o seu encantamento


Naquele momento Luana vivenciara sensações tão indescritíveis, as quais jamais tinham experimentado, e que as levaram viver um turbilhão de sentimentos, que a tonteou. E quando, novamente atravessou à frente da dona daquele olhar, no cabaré surpreendeu-se ao constatar serem eles os de Linda Alvarez, a cantora de voz aveludada que tanto a maravilhava.

Mesmo estonteada, ela conseguiu chegar ao bar, quando o barman informou-a que a atração principal tinha faltado:
_ Luana! (sorriu e disse) Você terá que fazer o striptease, a stripper faltou.

Ao receber tal notícia a policial sorriu, bebeu em um gole a primeira dose de uísque, entregou o copo ao Barman e sussurrou ao seu ouvido do barman. Algo, aliás, que jamais tinha imaginado dizer em sua vida: 
_ Nossa! Vou adorar fazer um striptease está noite!!!

Nossa! Era nítida a cumplicidade existente entre ela e o Barman, tanto que ele entendeu o que estava a acontecer, quando olhou para Linda e com um sorriso rosto a indagou:
_ Por quê?

Ela respondeu com os olhos fitados nos de Linda:
_ Meu amigo, olha como a casa está cheia. Além disso, (deu um sorriso) temos uma Pop Star neste humilde Cabaré.

O barman sorriu naturalmente e disse:
_ Nossa Luana! Como é bom te ver tão sorridente.

Ele estava certo, há tempos os olhos de Luana não emanavam um brilho tão intenso, eram como estrelas cintilantes no universo de sua alma. Os quais resplandeciam nos olhos de Linda.

Resplandecência que saltava os olhos, quando Luana sussurrou ao ouvido do barman, em seguida apontou para Linda e disse:
_ Vou dançar para dona de aquele olhar.

Ao ouvi-la surpreso exclamou:
_ Uau!

Sorridente disse:
_ Amigo, farei algo muito especial.

Após apontá-la, pediu uma segunda dose de uísque, bebericou-a, depois entregou o copo ao barman e lhe fez o seguinte pedido:
_ Por favor, o entregue a Linda Alvarez e diga: Com os cumprimentos da casa.

Em seguida Luana em um gesto simples se afastou do bar, caminhou em direção ao camarim. E claro, todos os passos foram seguidos por Linda.

Que por sua vez, nos minutos que se sucederam sentiu a vontade de adentrar naquele camarim para revê-la, mas a inquietude daquele momento transformou-se em um sentimento indescritível.

  O STRIPTEASE

Indescritível, também, foi o olhar lançado por Linda, quando constatou que a autora daquela a cena de extrema sensualidade, era de Diva (Luana). A qual, aliás, permeia a sua memória, tornando inesquecível a cena da perna de Diva se esgueirando pelo palco.

Verdade seja dita, as cenas que se sucederam, foram tão quanto inesquecíveis e maravilhosas, especialmente ao constatar que o show de striptease que estava a começar seria de Diva (Luana).

Ademais que Diva estava decidida usar aquela dança, para mostrar a Linda através de suas expressões corporais, o que estava a sentir por ela. Para isso, utilizaria de gestos extremamente sensuais, mas, que em nenhum momento pareceram vulgar.

Maravilhada dali em diante não tirou os olhos daquela mulher, melhor dizendo, da dona da fabulosa perna que se esgueirara pelo palco.

Verdade seja dita, aquela encantadora visão tinha-lhe proporcionado diversas sensações: O seu coração quis sair pela boca, os seus olhos maravilhavam-se com cada gesto e passo daquela dança sensual da preterida.

O que naquele momento ela não imaginaria que aquela dança seria uma preliminar irresistível do que estava por viver. Ao despir-se provocou em Linda um turbilhão de emoção.

A dança se assemelhara com a cena protagonizada por Demi Moore, no filme “Striptease”, diga-se de passagem, que a de Luana não devia em nada a da atriz americana, pois a dançou divinamente bem.

Linda falou alto, sendo ouvida por algumas pessoas que estavam por perto. E que partilhavam da mesma opinião.
_ Nossa! Ela é tão perfeita... Tão linda... Tão...
Luana estava maquiada, cabelo preso, chapéu, terno e short preto, camisa branca, uma lingerie sexy valorizava o seu corpo escultural, calçava uma sandália alta, em tom preto.

Então a stripper Diva (Luana) tragou o cigarro, jogou ao chão, mantendo contado visual com a plateia, especialmente com Linda. Provocou-a ao desabotoar as peças, short, camisa e o terno, botão a botão, antes de realmente tirá-las, com sensualidade deixou que uma a uma fossem escorregando sobre o corpo, aproveitando a batida da música para jogá-las ao chão, e, por fim, jogou o chapéu em direção a Linda.

A dança em si não tinha tanta importância, mas o jogo de sedução, a maneira de tocar o corpo no ritmo da música, de jogar suas pernas torneadas no espaldar da cadeira e da sensualidade em passar a gravata entre as pernas era ímpar.

A imaginação de Linda valorizou cada parte do corpo mostrado, despertando-lhe o desejo, a curiosidade e a expectativa de ver o que não fora por ela desnudo naquela dança.


 O FASCÍNIO 

Aliás, o fascínio provocado pela maravilhosa apresentação de Luana somada ao turbilhão de sensações que estava a vivenciar fez esquecer-se de tudo que a afligia (a traição de Bruna e de tudo mais). Naquele momento, em todo mundo só existiam duas pessoas: ela e Luana; ou Diva e ela.

Podendo afirmar, que a imagem do striptease de Diva naquela noite foi a inspiração de muitas de suas canções, que se sucederam aquele encontro.

Também, dos seus devaneios mais venais... Os quais, aliás, foram infinitamente por elas realizados.

Vale dizer-lhe que, devaneios esses, que dias, meses ou anos atrás eram perturbadores por estar ao lado de alguém (Bruna) que há tempos não a queria, ora excitantes por estar ao lado de Luana, uma verdadeira Diva. Momentaneamente os seus pensamentos levaram-na divagar profanamente.

Enamorada, entre um gesto e outro de Diva delirou tomar posse daquele corpo com o ardor. Verdade seja dita, delírio partilhado por Luana, com o mesmo ardor o desejo de se terem pela primeira vez, os realizassem.

Ao contrário do que até aquele momento partilharam sem saber, a sensação de solidão e de estarem perdidas em seus sofrimentos. Poderia dizer, que ambas eram acometidas do mal de amor.

E que através dos olhares trocados; dos gestos sutis que uma dirigia a outra; E de seus lábios ávidos por declararem entre quatro paredes o que uma estava a sentir pela outra. Elas sentiam, os seus males serem um a um medicado.

Aliás, muitos dos males acometidos por Linda eram públicos e notórios, já os de Luana eram desconhecidos, inclusive, o que havia se divorciado há pouco tempo.

Terminada a apresentação, Linda pediu ao garçom que lhe trouxesse outra dose de uísque, enquanto o aguardava, continuou a observá-la no palco. Foi assim, que anteviu os seus passos e que tinha chegado a hora de conhecê-la, pois viu a morena atravessar o salão, caminhando em direção a sua mesa.

Tal visão a fez em delirar e declamar a enamorada, a “sua” Diva, (risos) o que até aquele momento em pensamentos ou através das declarações trocadas entreolharem uma lançara a outra, o que depois poetizou:

DELÍRIO

Eu juro não saber
Se te vivencio,
Ou que não passes tu
De um delírio de amor...

O que sei
É que meu corpo reage
A perturbação momentânea
De estar em você.

Incitação devaneada
Ou realidade contínua
Do meu querer.

Que faz meu corpo delirar pelo teu,
Instigado por um querer,
Que grita em silêncio:
O quanto te quer
E te necessita.

Nesse momento
Você, instigante ser...
Vem de encontro ao meu corpo
Ardente pelo teu.
(Linda (Btse))

Encantada por ver que a mulher que estava a sua frente não se diferenciara da cantora que costumava ver, quando de suas apresentações na televisão, ou nas fotos de revista.

Luana caminhava hipnotizada pelo olhar profundo e penetrante da mulher a sua frente. Naquele momento, começaram um jogo de sedução, o qual ao mesmo tempo em que o correspondia, tentava entender o seu encantamento por uma mulher.

Vez que até aquele momento Luana nunca se interessara ou tinha mantido um relacionamento homossexual e sequer tinha olhado para uma mulher com outras intenções.

Aliás, o seu encantamento não era pela cantora e sim pela bela e instigante mulher que estava a sua frente.

“Nossa que mulher era aquela? Que olhar magnético era aquele?!”
Ele tinha o poder de encantar, melhor dizendo, de encantá-la. Na verdade, um tinha o poder de encantar o outro, o que, aliás, não era mais possível disfarçar o encantamento, a atração que uma sentia pela outra.

“Será que Linda seria a primeira e a única mulher por quem ela haveria de se encantar?”


Por um curto período de tempo, ouso dizer até sentir o toque das mãos de Luana em seu braço, se ela fosse o amor (a felicidade) que pedira em Costão de Santinho.

Quando passeara por um dos jardins do resort, ali sentada visitou o seu eu (o Jardim da Esperança), no qual declarou ao vento o desejo de ser feliz. E, que ao chegar ao quarto o poetizou:

DECLARAÇÃO AO VENTO

Declarei ao vento
A vontade de que a felicidade
Voltasse a minha alma.

No afã de ser feliz,
Fui ao Jardim da Esperança
Rogando nele reencontrá-la.

Lá chorei,
Sorri,
Gritei,
E devaneei.

As árvores ali plantadas
Confessei os meus sentimentos
Os meus devaneios
E a minha realidade.

Então silente ela me ouviu.
Chorou, derramando as suas folhas sobre mim
E abraçou-me, quando me ofertou a sua sombra.

E como se ela estivesse arrancando
Todo o meu sofrimento
Com a força do vento,
Sacudiu-me.

Então olhei para os lados
E vi uma roseira a brotar,
Flores a se abrir
Pássaros a cantar
E crianças a sorrir.

Vi naquilo tudo,
A esperança ali renascida...

Desejosa de que a declaração
Que lancei ao vento,
Fosse ouvida.

Fazendo únicos os milhares de sentimentos
As árvores ali confessados,
Somente os meus.

Por aquele Ser
Que encontrarei...
A minha felicidade.
(Linda (Btse))
 -x-

Comente a sua opinião é muito importante.

 

 “AS MARGENS DO RIO QUE SÃO OS SEUS OLHOS, EU SENTEI E CHOREI”.

ROMANCE 02.0002.012 — Reeditado 09/10/14

Lei de Direito Autoral nº 9610/98

 

NOTAS FINAIS: 

-> BEM, PELO QUE VOCÊS LERÃO LINDA VIVENCIA UMA NOVA FASE EM SUA VIDA. DEIXO DUAS PERGUNTAS NO AR:

 -> O QUE A ESPERA? SERÁ QUE A SUA DECLARAÇÃO FOI OUVIDA POR LUANA?

 -> Para você meu Mar….

-> Lê e Lia meu mui obrigado por terem me incentivado no início
->  Obrigada Rosana por ter carinhosamente comentado o capítulo 14.  
 
 Ciente que:
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