quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

CAPÍTULO 16 – VEM PRA MINHA VIDA (BOA NOITE!)

Linda encontrou alguém tão especial, que não foi preciso dizer nada, era só uma mulher com jeito de menina e minutos depois seria aquela que tomaria de assalto o seu coração e nos seus olhos voltou a ver as cores do mundo, que há tempos tinha perdido. Como na letra da música Vem Pra Minha Vida - Br'oz (Composição: The Distillers).


 


BOA NOITE!


Como aquela menina tinha-se transformado em uma mulher fatal??? Uma Deusa! Uma Estrela! Uma Diva! Aliás, a sua diva.

Naquele curtíssimo espaço de tempo entre o palco até a mesa, na qual Linda estava sentada foram pouco a pouco, ou melhor, passo a passo personificando o amor. 

Sentimento que outrora desejaram verdadeiramente vivê-los em seus antigos relacionamentos e suas almas cativas uma da outra falou com os olhos, durante todo o pequeno percurso: 

Linda
_ Será você o amor que ao céu clamei?!


Diva (Luana)
_ Mesmo que o medo tome conta de minha alma, será você o amor que tanto sonhou viver.


Linda
_Eu preciso ser feliz. (sorriu)


Diva (Luana)
_É VOCÊ, TEM QUE SER VOCÊ A MINHA FELICIDADE! (suspirou)


Linda 
_ Os teus olhos é o lume de estrela a me guiar.


Diva (Luana)
_ Ah, minha estrela! Os seus olhos cintilam o lume a me guiar. (sorriu) Ah dona de minha alma, já não consigo imaginar o meu futuro sem o teu lume a me servir de guia.(suspirou) 


Linda 

_ VENHA ME FAZER FELIZ, MINHA ESTRELA DA NOITE! MINHA DIVA, LUME DAS ESTRELAS A ME GUIAR ATÉ ENCONTRAR UM PORTO SEGURO, OS TEUS BRAÇOS.


Diva (Luana)
_ É VOCÊ, O PORTO SEGURO, NO QUAL DESEJO ATRACAR.


Linda
_ VENHA ME FAZER FELIZ. (suspirou) JURO, AO MEU LADO EU TE FAREI O SER MAIS FELIZ DE TODO O UNIVERSO.


Diva (Luana)
_ EU QUERO SER FELIZ AGORA! (suspirou) JURO QUE AO TEU LADO A FELICIDADE EU EI TE ENCONTRAR! 

Não era preciso que os seus lábios falassem nada, pois os seus olhos confessam o quanto era profundo e verdadeiro o que elas estavam a viver. Sentimento, aliás, tão avassalador que ninguém ousaria explicá-lo. E como na música uma pedia a outra: 
_ Vem pra minha vida! Vem viver ao meu lado! 


O que mais desejavam, ou melhor, necessitavam naquele precioso momento era uma estar envolta nos braços da outra. Nos quais, diga-se de passagem, estavam prestes a estar, quando poderão dizer, como disseram uma a outra: 
_ Em teus braços é o lugar, no qual os meus querem estar, por toda a eternidade, e mais alguns dias. 

Nesse curtíssimo, mas precioso, espaço de tempo Linda lembrou-se do momento poema da Btse – Por toda a eternidade, e mais um dia, que houvera lido há poucos dias:



POR TODA A ETERNIDADE, E MAIS UM DIA.
POR BTSE

Ah! Dizer que em você encontrei a felicidade
É o mesmo que dizer-lhe que te amarei
Por toda vida, até a eternidade.

Aliás, ouso dizer-lhe que te amarei
Por toda eternidade e…
…mais um dia.

E, no outro dia renasceremos,
Então revelei os meus planos:
Ser por todo sempre sua.

Foi esse o meu plano
Quando oi trocamos.

Assim trocamos palavras,
Fizemos nossos planos
E o sim surgiu.

Mesmos cientes da inconstância
Dos nossos eu…
Decidimos sermos única
E exclusivamente a personificação do amor.

Amor construído metodicamente
Levando-se em conta as intempéries da vida,
A parte de um todo:
O nosso AMOR.

Apenas seremos NÓS,
Não mais eu ou você.

Acreditando que a finitude de nossas vidas,
Não será capaz de pôr fim a infinitude
Dos nossos sentimentos.

Apenas seremos NÓS
Em um vendaval de emoções.

E se ao longo da vida
Nós nos afastarmos…
Tenha certeza que na eternidade
O NÓS voltaremos ser.

Ou se o acaso da vida
A noite eterna o fim escrever.

Apenas esperarei…

Que a noite em mim se eternize
E enfim te encontrarei…

Porque na infinitude do nosso amor
Perdurará por toda a eternidade,
E mais um dia.

Até que o amanhã aconteça.

Realmente, na ocasião que os olhos de uma se reencontraram com os da outra, a noite velha que o desamor de seus ex-parceiros as condenaram viver, foi dando lugar segundo a segundo, minuto a minuto, ou melhor, olhar a olhar, gesto a gesto, confissão a confissão ditas com os olhares, ao mais lindo amanhecer primaveril. 

Ouso dizer-lhe que, elas só poderão viver o equinócio da primavera, em suas vidas, quando o sol (o amor), em um movimento indescritível e avassalador tornar aquele dia e noite com a mesma duração, no exato momento, em que uma dizer sim a outra. 

Ainda que, em algum momento de sua vida a dois, ou melhor, a duas, se assim decidirem, as trevas da noite velha queira se fazer longa e levar as suas almas a viver um solstício de inverno. Elas não conseguirão fazê-las e sequer levá-las, pois, estarão protegidas sobre a égide do amor puro e verdadeiro.

Naqueles preciosos minutos, em que os olhos de uma falaram com os da outra, Linda clamara entre as falas que o sol (o amor) trouxesse a felicidade em sua vida, tornando aquela noite, como as que sucederem igual ao dia.

Também clamou, para que o coração de Diva (Luana) estivesse pelo dela enamorado, só assim traduziria o que seu lhe pedia:

_ Vem para ser minha! Vem curar a minha alma! Por favor, abra os seus braços e me deixa entrar! 

Aliás, era tão forte o que estava a sentir, que no final da frase o seu Eu já gritava de felicidade, ao fim do striptease: 
 _ QUE NOITE! QUE DANÇA! QUE OLHAR HIPNOTIZANTE! COMO AQUELA MENINA SE TRANSFORMARA NESTA MULHER TÃO INSTIGANTE! 

Apesar de algumas vãs tentativas de disfarçarem, o que já estavam a sentir, os seus olhos concediam as suas almas confessarem, ser ele absolutamente puro e verdadeiro. 

Atrevo-me a dizer que, naquela ocasião, os olhares por elas trocados emanara energia luminosa (o amor) suficiente para atravessar toda a distância entre elas existente, para os olhos de uma sensibilizarem os da outra, propagando na velocidade da luz, o que estavam a sentir uma pela outra.

E, diga-se de passagem, o que fazia os seus corações produzirem e ouvirem sons, aqueles que os seus olhos falavam e que só os seus corações, se eles estivessem enamorados um pelo outro ouviriam. 

Na verdade, uma agia com estivesse sendo hipnotizada pelo olhar da outra; Uma não conseguia mais desviar os olhos em brasas da outra. Estado de incandescência, nos quais eram faróis a guiar uma até a outra.

Diva (Luana) era guiada até a mesa, pelos olhos incandescentes de Linda, que estava sentada a mesa. Aliás, desde o momento em que os seus olhos se reencontraram os da preterida no cabaré, sentiu-se atraída por ela. 

Ainda que, uma pergunta pairasse em sua mente:

Como ela, um ser tão cético, que nunca tinha acreditado em amor ao primeiro olhar, foi se apaixonar, ou melhor, amar uma MULHER no primeiro olhar?

Contudo, o sentimento que tinha apossado o seu eu… O seu corpo… O seu coração: O amor ao primeiro olhar lhe dava força suficiente, para que ela suplantasse todas as suas aflições, principalmente a de ser ele, uma mulher. E, as quais foram sendo uma a uma dizimada pelo clarão emanado dos olhos, da mulher mais bela, que eles já alcançaram LINDA.

O mesmo olhar, aliás, que a guiara por todo o percurso do palco até a mesa, além disso, os seus olhos ao rubro explicitavam, o quanto ela estava entregue a dona daquele olhar.

Na verdade, era como se ele lançasse raios luminosos que passaram por uma fenda existente do labirinto inóspito, no qual o seu eu tinha mergulhado e que até aquele momento ela não achava ter saída.

Tais raios tinham energia luminosa suficiente para que ela traspassasse aquela fenda e fosse finalmente resgatada da mais profunda escuridão. Por certo, à medida que ela se aproximava da dona daquele olhar, sua intensidade aumentava, ao ponto de iluminar o recôndito do seu eu.

Também, à medida que ela se aproximava do ponto que se concentravam aqueles raios, os olhos de Linda, os temores, as aflições que ainda lhe afligiam se esvaia no segundo próximo passado do relógio da vida. 

E, por mais que o seu eu lhe chamasse à razão, os lábios; O corpo; O desejo latente de possuir e ser possuída pela mulher ante os seus olhos, a conduziam até o ser, que tanto a instigava Linda.

Segundo a segundo… Olhar a olhar… Gesto a gesto… Passo a passo aumentava a atração que uma sentia pela outra. E naquele curtíssimo espaço de tempo nada, ninguém poderia desunir aqueles extremos atraídos pelo amor.

E que somente elas teriam a força suficiente para impedi-las de uma ir à outra, ainda assim o que estavam a sentir era tão intenso, que no rubro daqueles entreolhares deixaram-se ser levadas pelo amor.

No entanto, caberia a uma dar o primeiro passo e fora Diva, entre elas, quem o dera, quando deixou o palco e se deslocou de encontro ao ser que a atraia Linda, mas à medida que ela se aproximava tinha a certeza que a preterida, também estava por ela atraída.

E naquele curtíssimo espaço de tempo, de preciosidade ímpar os seus olhos, além de emanar os raios luminosos que a resgatava da escuridão, lhes serviram de porta-vozes da vontade gritante em suas almas: A de uma amar e ser amada pela outra. 

Verdade seja dita, (suspiros) os seus corpos, naus a navegarem no rio em que os seus olhos estavam a margear, já zimbravam ávidos a atracarem em um porto seguro, o que, naquele momento, se transformara o corpo de uma para o da outra.

Ansiosas, deixaram ao largo todos os temores, aflições, medos e passaram a viver a vontade latente em suas almas de sentirem a felicidade plena do sentimento puro e verdadeiro que os seus olhos estavam a confessar, uns aos outros: O amor ao primeiro olhar.

Ele, a força motriz que conduziu Diva (Luana) até Linda, também, fora ele que a fizera enfrentar todos os seus temores, aflições, medos, principalmente aqueles a que tinha sido tomada a se ver atraída, ou melhor, amando uma mulher. 

Ouso dizer-lhe que, o olhar de uma dizia a outra, o quanto elas partilhavam do mesmo desejo: O de deixar viver, o que, aliás, os seus olhos já confessavam, que as suas almas já vivenciavam: A vontade louca de uma se entregar a outra. 

Por ter vindo à luz o amor, que jamais vivera Diva decidira ir até o ser por ela amado, deixando que ele ditasse os movimentos a seguir. E, para que isso acontecesse tomou como pretexto a obrigação de anfitriã e dar (suspiros) às boas-vindas a celebridade ali presente, Linda Alvarez. (Ai! Ai! Bom pretexto (risos)).

Na verdade, era a forma que encontrara para estar junto ao ser que surpreendentemente a encantou. A Ninfa que surgiu ante os seus olhos e que trouxera a sua alma a paz necessária, para sentar as margens do rio que eles estavam a margear e ver o quanto o mundo era belo e colorido.

Quando eles deixaram de margear as águas profundas (as lágrimas) do rio do desamor (os de Bruna) e por encanto ou pela força de um sentimento puro e verdadeiro, desembocaram no rio do amor (a alma de Linda).

E para Linda foi ele (o amor) que, também, transfigurou Diva (Luana) na Nereida a dançar divinamente ante os seus olhos. Que por sua vez, era para Linda a Ninfa que habitara o recôndito do seu Eu, a qual, pela magia do amor tinha emergido do rio que os olhos estavam a margear, transfigurada na diva, ante os seus olhos, para ser o seu único e exclusivo amor, para todo sempre.

Certamente, ela usara de todo o seu encantamento, através da dança, do seu caminhar e do jogo de sedução, diga-se de passagem, por ela iniciado, para seduzi-la. Os quais, eu posso dizer-lhe com uma destreza e sensualidade, que a conquistou.

Atrevo-me dizer-lhe que, os seus olhos só se desviaram três vezes: Após o incidente ocorrido horas atrás, quando seguiram cada qual o seu rumo, o qual, aliás, depois descobriram que eles eram, o mesmo; Quando Diva (Luana) foi ao camarim preparar-se para o strip-tease; E, quando o barman de posse de um microfone se interpusera entre elas, cortando o contato visual que mantinham de modo intenso e a apresentou, como se fosse preciso (risos): 
_ Senhoras e Senhores a estrela da noite DIVA!

Ao passar o microfone para Diva sorriu, voltou para o bar, enquanto a estrela da noite reencontrou os olhos da preterida e não mais deles os desviou. 

Nesse momento, um foco de luz a iluminara, deixando para o delírio de Linda e dos demais frequentadores, as linhas esculpidas do corpo de diva ante os seus olhos.

O qual, fora entusiasticamente aprovado por todos os presentes (risos), no segundo a seguir, através dos esfuziantes aplausos, que se sucederam. Diva (Luana) educadamente aguardou que eles se cessassem, depois ela sorridente, por certo todos os sorrisos eram dirigidos a Linda, cumprimentou a todos: 
_ Boa noite! (Risos contidos) 

Alguns frequentadores mais “exaltados” assobiaram e soltaram alguns gracejos chamando-a de “GOSTOSA”, “DELICIOSA” e outros “adjetivos”, arrebatados por tamanha beleza, da diva ante os seus olhos. Por educação, Linda se conteve juntando-se aqueles que a aplaudiam, mesmo que em seu íntimo, o seu eu gritasse com fervor.
_ LINDA! MARAVILHOSA! (risos) DELICIOSA! GOSTOSA!

Diva (Luana), ainda fitando os olhos da preterida, reiterou o agradecimento:
_ Muitíssimo obrigado!  

Mais esfuziantes APLAUSOS!!!



E, após alguns segundos imprecisos, ela exclamou, com tamanha sensualidade que levou os frequentadores e Linda, é claro, ao delírio:
_UAU!(esbaldou a perna sobre a cadeira, como fizera na dança).



Mais esfuziantes APLAUSOS!!!APLAUSOS!!!


Então disse uma frase ou uns gracejos para todos, mas, na verdade, era dirigida para Linda: 
_ Bem! Ao que tudo indica (sorriu para Linda) “vocês” (deu uma entonação maior e piscou para Linda) gostaram da minha apresentação.

Antes de mais nada, cabe esclarecer-lhe que Diva (Luana) só subia ao palco, na falta de alguma dançarina, mas aquela noite, por ser especial. Ouso dizer-lhe que mesmo que todas as stripper estivessem ali, ela faria aquela dança (strip-tease).

APLAUSOS!!!APLAUSOS!!! (ainda mais esfuziante)


Luana continuou a falar, depois que os eles se cessaram: 
_Ok, ok. Obrigada mais uma vez…

Sendo interrompida por gracejos, de alguns frequentadores mais exaltados: (Risos)
_ GOSTOSA!

_ MARAVILHOSA!


Dando continuidade ao que estava a falar: 
_ (suspirou) …, mas eu gostaria de dividir o carinho e os aplausos com alguém muito “especial”.


Nesse momento, sorriu lindamente, depois piscou os olhos para todos e disse: 
_ Ela está nos dando à honra de sua presença esta noite. 

Respirou fundo, aproveitando outra salva de palmas, quando elas se cessaram tomou coragem e disse:

_ Na verdade, ela quem é a estrela, aqui presente. 

Mais esfuziantes APLAUSOS!

Suspirou e depois sorridente a apresentou:
_ Com vocês, nada mais, nada menos do que a cantora! A intérprete! A compositora conhecida e reconhecida por todos… 

Não a deixaram terminar a apresentação, pois começaram a aplaudir. O que, aliás, deu há Luana alguns segundos para respirar fundo e depois anunciar:
_ Com vocês uma das melhores cantoras da América Latina. Por favor, aplaudam Linda Alvarez.

Os holofotes que até então iluminavam Diva (Luana) em fração de minuto passaram a iluminá-la. Mesmo letárgica, com a surpresa, até porque, não era bem assim, que ela gostaria de conhecê-la, em meio a toda aquela balburdia.

Na verdade, o que ela mais desejava, naquele precioso momento, era tomá-la em seus braços e dali fugir para um lugar, no qual o desejo poderia ditar os acontecimentos a seguir, sendo esses os mais venais.

Contudo, o cabaré estava lotado, mas sobre o seu íntimo protesto, deve que ser transfigurar-se de estrela e sorrindo agradecer a chuva de aplausos que a referenciava.

Luana expressando um sorriso natural em seu rosto lhe fez um pedido:
_ Linda Alvarez! Mil desculpas, mas seria possível (riso contido para disfarçar o nervoso) te fazer um pedido?

Linda sorriu e disse:
_ Claro!

Primeiro a agradeceu e depois continuou a pedir:
_ Obrigada! Você poderia abrilhantar nossa noite? 

Ao ouvi-la, a cantora disse:
_ Nossa! É você quem abrilhantou a nossa noite.

A stripper exclamou:
_ Uau!

Linda sorriu, molhou os lábios, aproximou-se de Diva (Luana) para acertar uma mecha de cabelo que estava em desalinho no rosto da preterida e disse:
_ Peça!!!

Por segundos, não souberam precisar quantos foram uma margeou os olhos da outra, vendo como era belo e colorido, o mundo refletido em suas íris.

Coube ao porteiro tirá-las daquele estado letárgico:
_ Meninas!

Diva (Luana) recobrou de tal estado e fez o tão sonhado pedido: (suspiros)
_ Linda, seria possível nos dá a honra de ouvi-la cantar. 

Os frequentadores ao ouvir tal pedido foram ao delírio e depois silenciaram aguardando a sua resposta. 

SILÊNCIO TOTAL

Em seu íntimo Linda adorou o seu olhar pedinte, mas preferiu ver o seu lindo sorriso expressado em seu rosto, então assentiu com a cabeça e disse:
_ Porque não! 

A outra apenas exclamou: 
_ Vamos!

Luana imediatamente caminhou pelo curto espaço que as separavam e com o mais lindo dos sorrisos, estendeu-lhe a mão. 

E ao sentirem o toque uma da outra tiveram a sensação de tinham recebido uma descarga elétrica, que chegaram até a bambearem, ao ponto de se darem, sem que outras pessoas/frequentadores notassem, para que a mão de uma servisse de amparo à outra.

Ouso dizer-lhe, que efetivamente o sol se abriu para as duas, naquele curto período de tempo e com a voz trêmula, a cumprimentou:
_ Boa noite!


Que ao ouvi-la, retribuiu com o mesmo tom de voz o cumprimento, mas para desanuviar a tensão, ela brincou:
_ Boa noite, Dama da Noite!

Mas o que elas vivenciavam era tão forte que ainda permaneceram silentes por alguma fração de minuto a fim de se recomporem, verdade seja dita, que elas se davam ao mesmo tempo, a chance de uma sentir a maciez da pele da outra.

Coube a Luana, mais uma vez pôr fim aquele momento ímpar e conduzi-la ao palco:
_ Desculpa gente, não é todo dia que temos a fabulosa Linda Alvarez, no cabaré. 

Linda exclamou:
   _UAU! 

Luana com um sorriso no rosto a chamou:
_ Vamos!

Linda teve que conter o desejo ter os seus lábios junto aos dela, dos seus braços enlaçados ao corpo que tanto desejava e de suas mãos passeando por aquele corpo lindamente esculpido.

Sentiram, enfim, que algo muito forte as uniu, naquele momento, deixou que suas mãos simbolizassem a junção de tais desejos. E, subiram ao palco de mãos dadas, só as saltando quando lá estavam isso aconteceu por alguns incontáveis minutos.

Enquanto, unidas se dirigiam ao palco, Linda não se conteve e a olhou de alto a baixo, sem que conseguisse disfarçar o desejo. Quando receberam outra descarga elétrica, que a despertaram e continuaram a caminhar rumo ao palco.

Ouso dizer-lhe que, foi no momento em que suas mãos se encontraram que elas tiveram a certeza de que uma estava entregue ao encanto da outra.

Ocasião que, fizera com Linda declamasse em seu íntimo o poema da Btse – Meu eu, que há tempos declamara em um show:



MEU EU

  POR BTSE

Meu eu, chora esperneia.
Meu corpo pede tuas carícias.
Minha pele quer sentir os teus toques.
Minha boca precisa da tua.
Meus olhos passeiam por todo o teu corpo.
Meus sentidos se confundem com o teu.
Minha alma necessita da tua.
Para nos tornamos uma.
No frenesi do prazer.





E, realmente, quantas vezes, mesmo estando casadas, os seus eu solitários, choraram e espernearam as carícias e os toques de alguém (dos seus ex-parceiros), e na falta desses vivenciaram por anos, a solidão a dois.

Em outras vezes, elas foram incapazes de ver que os seus ex-parceiros eram infiéis, mas no momento em que elas estavam a viver, sentiam a necessidade latente de estarem a sós, deixaram que eles passeassem suas mãos e lábios nos delas, como se fossem os por eles desejados.

Naquele momento, o que elas mais desejam, era que as sós uma levasse a outra a explodirem em um frenesi de prazer.

Linda estava tão entregue a mulher… A Diva… A Nereida ante os seus olhos, em que em todos os gestos e olhares dava um lance no jogo, que a dançarina iniciara. Elas gesticulavam e olhavam com uma sensualidade que pareciam jogadas de ataques para que arrematassem aquele jogo.

(risos) No qual, o prêmio seria a perdedora, como se naquele jogo tivesse ganhadora ou perdedora, para ser entregar ao deleite da outra. Entre elas, Linda seria a perdedora, mesmo que houvesse amado uma mulher, para o seu deleite, a imagem de Diva (Luana) caminhando a contraluz, o que deixara exposto o seu corpo esbelto a levara vivenciar um turbilhão de sensação.

Especialmente, o tremor sentido até que ela chegasse ao palco, todas as vezes que Linda olhara de soslaio o seu corpo exposto à contraluz, principalmente as pernas torneadas da preterida deixadas expostas pelo “micro” hobby vermelho e aumentara o grau de seu enlouquecimento, em tocá-las.

E, que, inclusive, chegara ao auge quando ao subir o palco se aproximou do ser, por ela preterida, a Diva (Luana) e sussurrou:
_ Podemos conversar depois?


O que, fora pela preterida prontamente respondida, expressando em seu rosto um sorriso tímido:

_ Com certeza! Agora serei eu a apreciá-la…

Por um curto período de tempo Linda se perdera naquele olhar hipnótico, deixando ser conduzida pelo amor, por ela ofertado. Nesse momento, os seus olhos emanaram um brilho tão ímpar, o qual, jamais, elas o tinha exprimido em suas apresentações, pelo mundo afora.

Aliás, eles se igualaram aos de Diva (Luana), que naquele momento irradiavam uma luz mais intensa do que a do holofote que estavam a iluminá-las. E, nada, ninguém, poderia roubar-lhes aquele momento, mesmo que o mundo estivesse a acabar.


  ESPELHO D’ÁGUA
POR BTSE
Eu viajo em tuas palavras,

Perco-me em teu olhar,

Espelho d'água do rio,

Que os meus olhos estão a margear.


Em estado contemplativo,

Fantasio nele submergir

E emergir em teus braços.



Quando em tuas margens,  

Por todo sempre contemplarei

 O teu olhar.


A divagar com pensamento

Que refletirá em meus olhos,

Até na eternidade os raios luminosos...



Emanados...

... pelo teu olhar.





Comente a sua opinião é muito importante.

 

 “AS MARGENS DO RIO QUE SÃO OS SEUS OLHOS, EU SENTEI E CHOREI”.

ROMANCE 02.0002.012 — Reeditado 09/10/14

Lei de Direito Autoral nº 9610/98

 

NOTAS FINAIS: 

-> BEM, PELO QUE VOCÊS LERÃO LINDA VIVENCIA UMA NOVA FASE EM SUA VIDA. DEIXO DUAS PERGUNTAS NO AR:

 -> O QUE A ESPERA? SERÁ QUE A SUA DECLARAÇÃO FOI OUVIDA POR LUANA?

 -> Para você meu Mar….

-> Lê e Lia meu mui obrigado por terem me incentivado no início.   
 
 Ciente que:

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