domingo, 24 de maio de 2015

CAPÍTULO 23 – SÓ O QUE ME INTERESSA (FOGO E GASOLINA).

Como na música Fogo e Gasolina – composição de Pedro Luís e Carlos Rennó, Bruna tinha entrado em um jogo perigoso, no qual ela era o fogo e a vida a gasolina.

 

PERDIDA NAS LEMBRANÇAS DO MÉNAGE À TROIS

Bruna estava a brincar perigosamente com a vida, que naquele momento era o fogo, cujas lembranças deitavam-lhe gasolina em cima, para pô-la em xeque-mate e no futuro atearem fogo. 

A recordação do ménage à trois recentemente vivido, mesmo que ela fosse uma experiência sexual prazerosa, ao deixá-la vir a público a intenção de praticá-la, com as outras duas mulheres em São Paulo.

Deixou que a sociedade ainda conservadora para certas atitudes incomuns deitassem mais gasolina, para o fogo que no futuro próximo estava por ser ateado. Naquele silêncio tão profundo em que se encontraram, por hora deixou fluir em pensamento as sensações vivenciadas dias atrás, no quarto do hotel em São Paulo. Quando já não era mais dona de si, em frenesi saciara a fome que sentia das outras duas, no mais intenso sexo, perdendo a noção do tempo e do que era normal de se fazer a dois, porque tudo era feito a três.

Por alguns minutos, prostrada em seu sofá sentiu o pelo arrepiar-se como se ela estivesse a vivenciar as sensações daquele ménage à trois: Quando se encontrara e se perdera alternadamente nos corpos das outras; Quando sentiu em sua boca sabores diverso, sorvendo ora saliva, ora fluidos; Trocando de posições conforme a necessidade ditava e a vontade de se terem exigia, como se elas estivessem em sintonia previamente determinada pelo que estava a seguir. E naquele estado de torpor, por vezes delirou ter ouvido os gemidos, os sussurros, os gritos e risos dados em busca daquele prazer momentâneo.

Verdade seja dita, para suportar a solidão que gritava em sua alma, buscou nas lembranças das sensações experimentadas no ménage à trois e à medida que relembrava as vivenciava sozinha. A qual, aliás, mesmo que seja considerada para a sociedade como anormal, mas por certo reside no imaginário de muitas pessoas e que se aventurara experimentar sem nenhum pudor, quebrando todos os tabus de uma sociedade monogâmica. Quando incitada pelo prazer explicitado pelas outras amantes na cama daquele hotel, voltou a fazer parte daquele ato de luxúria, descobrindo que no sexo nunca existiu ou existirá certo ou errado, só o que dá ou não prazer, aquilo que satisfaz ou não.

Mas teve a sua dor aumentada quando se lembrou do momento em que durante um intervalo de sua noitada infiel se desvencilhou das amantes e enviou um pequeno e-mail a Linda. E o remorso brotava a cada palavra relembrada, pois constatava o quanto tinha sido cruel ao escrevê-lo: 

Linda,

Cheguei à conclusão de que será melhor para nós se déssemos um tempo em nosso casamento. Por favor, não fique chateada, mas estou a viver um turbilhão de sentimentos. 

Sensações que me fizeram refletir sobre o que eu quero em minha vida: Manter um casamento, no marasmo que eu tinha-me punido viver? Ou experimentar o que vida está a me ofertar?

Ontem, decidi ir a São Paulo a fim de participar do programa, que sempre sonhei ser eu a convidada. E, após a gravação, resolvi ir a uma balada com duas amigas, a noite foi maravilhosa, aliás, tudo está sendo. 

Desculpa, mas não quero mentir, aliás, o que eu quero é ser feliz, mesmo que esta felicidade seja efêmera, eu vou vivê-la. Linda, você deve estar a pensar que estou louca, mas se for para ser feliz, que seja loucura então.

Bem, acho que nós estávamos erradas em tentarmos salvar o que há tempos tinha acabado. Mais uma vez, me desculpa, mas tente ser feliz, como estou sendo agora, te adoro, mas precisamos nos dar este tempo, apesar de continuar te amando e por estar certa de que você foi, é e sempre será importante em minha vida. 

Olha, se neste tempo aparecer alguém em sua vida, sinta-se livre para ser feliz. Aliás, aproveite a reserva que tínhamos feito no Resort em Costão de Santinho para sair do Rio. 

Obs.: Passo em seu apartamento para pegar as minhas coisas.

De sua eterna amiga, que nunca deixará de te amar. 

Bruna.”

Momento, no qual se questionou como escrevera algo tão vil a alguém que só lhe dera amor desde o dia em que se conheceram até a hora em que deixara o apartamento que estava a morar com Linda, para ir a São Paulo. Ao censurar-se em cada palavra relembrada sentiu que algumas lágrimas não saiam dos seus olhos eram represadas em seu coração e na sua alma, até a certeza de que o seu casamento se perdera de vez.  

Ocasião em que se tornara uma naufraga nas águas, melhor dizendo, nas lágrimas represadas em seu coração e em sua alma advinda da solidão e da certeza de que diante do que tinha escrito (o e-mail) para Linda estava sem dona e um ancoradouro para atracar a sua dor. O qual, aliás, em razão do que vivenciara em São Paulo, principalmente, as sensações vividas com Luciana, à via como um porto seguro, na ocasião uma miragem. 

Paragem, na qual, o seu íntimo gritara que ela tivesse força para remar contra a maré do abandono na qual se encontrava até que em águas rasas e límpidas naquele porto seguro enfim ancore. Maré, que, diga-se de passagem, além de cheia dos sentimentos represados ao longo dos anos passara a ser negra em razão do escândalo tinha-se tornado sido a experiência prazerosa que acabara de viver, pois muitos a condenaram através de olhares de reprovação e de comentários indesejáveis, a partir do momento em que deixara o saguão do Hotel para seguir em direção ao Aeroporto de Congonhas – SP.

Nele, teve uma prévia de como seria recebida pelos repórteres e paparazzi no Aeroporto Santos Dumont – RJ. E todas as perguntas feitas ali respondidas foram o tão famoso “nada a declarar”, sendo preciso à ajuda de um segurança do aeroporto para que ela chegasse ao balcão de embarque. No avião, Bruna passou por alguns constrangimentos, que aumentaram a força daquela maré: os olhares de reprovação e os comentários ao pé do ouvido dos passageiros e da tripulação, alguns até chegaram a apontá-la.

NO RIO DE JANEIRO

E quando saiu do saguão do Aeroporto Santos Dumont, teve a real noção do quanto os últimos acontecimentos tinham sido tão nefastos, ao ver escondida entre os repórteres, paparazzi e fãs curiosos, ávidos por notícias de sua estrela, sua desafeta Karol. Sem outra saída Bruna colocou o óculo escuros a fim de esconder os seus olhos avermelhados e resolveu enfrentá-los, nesse momento um funcionário do aeroporto que era seu fã, se ofereceu para ajudá-la. Atencioso, o rapaz pediu que ela o aguardasse na sala de desembargue, enquanto seguiu para frente do aeroporto, a fim de conseguir um táxi para que ela saísse dali, sem ser importunada. Mas ao sair à porta do Aeroporto, acompanhada do fã, fora “atropelada” por uma turba de repórteres e paparazzi, que não lhe dera a menor chance de reagir ou fugir.

Tudo tramado por Karol, que ao tomar conhecimento de que ela estava prestes a desembargar no Santos Dumont, vindo de sua escandalosa estada em São Paulo, tratou de vazar a tal notícia para o resto da mídia. E não satisfeita organizou um grupo de repórteres e paparazzi, melhor dizendo, os seus subordinados, para que a esperassem na porta do aeroporto, a fim de entrevistá-la a qualquer preço, crivando-a de perguntas infames. 

Na ocasião, era visível o mal estar criado com toda aquela situação formada pelos componentes daquele grupo, o que não passou desapercebido pelos demais ali presentes. Tudo começou quando o repórter Ângelo Atenue subordinado de sua desafeta se aproximou expressando um sorriso sarcástico no rosto, com o microfone em riste e disse:
_Bruna! Bruna! Desculpe-nos, mas é o nosso trabalho! (sorriu) 

Ao reconhecê-lo, em meio a todo aquele furdunço a atriz fitou os seus olhos e repediu a única resposta dada até aquele momento:
_ Nada a declarar!

Insistente, pediu que ela respondesse a algumas perguntas:
_ Desculpe-me, mas é importante que você responda algumas perguntas.

A atriz deu a mesma resposta:
_ Nada a declarar!

Ao terminar de respondê-lo teve o desprazer de ouvir surgir em meio a todos aqueles repórteres uma voz bem conhecida, a de sua desafeta Karol O que não a surpreendera, vez que era costumeiro, as suas intromissões lesivas as suas entrevistas.
Como de costume, começou a desferir ardilosamente as suas perguntas à atriz, sendo a primeira:
_ Bruna!!! “MINHA QUERIDA” porque você está calada? (perguntou com a voz ainda abafada, em meio a toda aquela balburdia)

Era visível o quanto aquela intromissão a irritou, mas, ao mesmo tempo, o seu semblante demonstrava que em seu íntimo temia por algo, ao levantar a sobrancelha esquerda, tanto que apenas tentou sair dali:
_ Por favor, deixe-me passar!

O que ninguém, a época, entendera o porquê a desdenhara, além do que era de costume, chegando ao ponto de gargalhar quando o seu rosto ficou exposto à atriz. Atitude, que assustou aqueles que não pertenciam ao grupo subordinado a Karol, tanto que se afastaram, por alguns instantes, nos quais elas travaram a costumeira batalha de entreolhares. Muitos conhecedores da embatia existente entre elas, ávidos, aliás, por noticiar algum escândalo, deixaram que elas interpretassem mais uma cena da comédia-pastelão que há tempos encenavam, para que imagens fossem por eles veiculadas.

Por vezes, Karol deu a entender ter sido a mentora de toda àquela balburdia, vez que os seus olhos explicitavam o prazer de vê-la acuada e incapaz de reagir ao desdém. A fim de continuar, o seu intento continuou a desferir suas ardilosas perguntas:
_ Por favor, explique aos nossos telespectadores e aos seus fãs (sorriu)…

Na tentativa de se defender das atitudes insanas de sua desafeta, Bruna não a deixou terminar a fala, começou a forçar o caminho para chegar ao táxi que já a aguardava, mas, ao mesmo tempo, não deixou de dar resposta ao inacabado pedido de explicação:
_ Já disse a vocês, nada a declarar!

Por outro lado, rapidamente a repórter franziu mais as sobrancelhas ao ter a fala interrompida pela atriz, dando sinal do seu descontentamento e continuou o seu pedido:
__… (sorriu). Por que a SENHORITA ainda estando casada com Linda Alvarez, o pior, horas antes de embarcarem em uma viagem de lua de mel, a moçoila viajou sozinha para São Paulo? Diga para os seus admiradores se a participação da SENHORITA estava agendada ou não? E se a SENHORITA conhecia àquelas duas mulheres, com as quais…

Indignada a atriz interrompeu-a novamente, dando a mesma resposta:
_ Vou respondê-la novamente: “NADA A DECLARAR”.

A reação da repórter fora imediata, o músculo entre as sobrancelhas se juntou, o seu corpo pendeu para frente dando sinal claro de que a raiva nela se instalara, continuou a desferir suas perguntas, em um tom mais alto de voz:
__… COM A QUAIS TERMINOU A NOITE (sorriso falso). Ou melhor, À NOITE E O DIA TODO, aliás, fazendo não sei o que em um hotel, muito conhecido em São Paulo! (deu outro sorriso falso)

SILÊNCIO

Sabedora da desavença existente entre elas, não pactuando das atitudes de Karol, ao pressentir que aquela situação poderia ficar mais séria, a jovem repórter Andréa Biank fez uma pergunta a Bruna, mesmo sabendo de sua resposta:
_Bruna! Bruna! Bruna! (Chamou-a insistentemente) Você já falou com Linda, hoje?

Mas o que ninguém, principalmente, as duas não notara foi que ao fazer tal pergunta aproximou-se do fã que a acompanhara e disse ao seu ouvido:
_ Leve-a daqui, por favor.

O que ele, atento a todo aquele acontecimento, tentou fazer vendo o seu estado, abraçou-a, forçou o caminho e disse em voz alta:
_ Por favor! Vocês deveriam respeitá-la!

Quando ouviram de outro repórter do grupo de Karol, uma pergunta bem típica de programa de fofoca:
_ Bruna, por acaso pensou em Linda quando deixou ser fotografada acompanhada naquela boate?

Ao ouvi-lo balançou a cabeça e disse pela enésima vez:
_ Já lhes disse NADA A DECLARAR. (terminou a resposta em tom alto)

O que fez ver o seu estado, intervindo:
_ Parem! Os senhores a ouviram: NADA A DECLARAR! (terminou no mesmo tom da atriz)

Intrigada Karol perguntou o nome do acompanhante de Bruna:
– Qual é o seu nome?

Atenda Bruna olhou para o rapaz e disse:
_ Se você quiser, não precisa respondê-la.

POR SEGUNDOS, OS TRÊS SE ENTREOLHARAM:

Bruna fitou os olhos de Karol e disse:
_ Ainda mais para uma repórter tão insolente como Karol Avles, que tem a defasaste de se esconder entre os outros repórteres. Talvez, esta atitude demonstre as suas reais intenções!?
 
O que, tentou tratá-la, no calor do momento, com o mesmo desdém, sem comedir os seus atos. E coube ao rapaz tentar dar fim aquele embate, primeiro se dirigiu a Bruna:
_ Desculpa Bruna! Mas não vejo nenhum motivo, para que eu não a responda.

Depois olhou para Karol seguro e orgulhoso e a respondeu:
_ O meu nome é Antônio! O seu…?

Que se aproximou de uma de sua subordinada, a qual, aliás, trabalhava na mesma emissora de televisão, a repórter Maria Gath e lhe fez um pedido:
_ Maria, por favor! Pergunte-a quando eles se conheceram? Se por acaso foi em São Paulo, ou aqui no Rio? (sorriu) E se por acaso, este tal de Antônio é algum segurança por ela contratado?

Certamente a sua intenção era de confundi-la, já que tal repórter tinha o mesmo timbre de voz, o que imediatamente atendeu o seu pedido:
_ Bruna! Quando você o conheceu, foi em São Paulo ou aqui no Rio? Por acaso, ele é o seu segurança?

Karol expressando um sorriso sarcástico em seu rosto completou tal pergunta:
_ Ou será ele o seu novo “affair”? (soltou um risinho sarcástico ao final da pergunta)

Antônio mais uma vez tentou tirá-la dali:
_ Deixem-na entrar no táxi, por favor!

Indignada, com a artimanha das duas repórteres, pensou em ficar e responder a mentora de tal façanha, que sempre fora a pedra em seu caminho. E como era de costume, quando se encontravam dos seus olhos saíam faíscas que se igualavam a flechas prontas para ferir uma a outra, ou qualquer outro que se colocasse entre elas. O pior, que aquela embatia era motivo de chacota e de comentários maldosos entre os repórteres, muitas vezes noticiados em seus programas.

Realmente, para muitos era motivo de fazer galhofa, para outros era motivo de estranheza, mas alguns achavam que o pivô de toda aquela rivalidade era Linda. E de fato, há tempos, elas agiam como se fosse natural o ódio que uma nutria pela outra, ao ponto de Linda muitas vezes, no calor da discussão, as repreendiam ao ponto de achar toda aquela embatia doentia. Por certo, se ela estivesse ali conseguiria, como de costume, apaziguá-la ou minorá-la.

Ouso dizer, que elas estavam a encenar outro “take” da novela mexicana, que a tempo protagonizavam. E naquela ocasião Karol era a protagonista e Bruna uma mera atriz coadjuvante, sem se importarem com os demais ali presentes. Meros expectadores daquela encenação, por certo se perguntavam: De quem seria o papel principal, da novela “Quem ficará com Linda”?

O que ela não sabia de que Karol estava preste a lançar o anzol no rio, no qual os olhos margearam até a sua ida para São Paulo, a fim de fisgar a ninfa que dias atrás tinha ajudado, no mesmo aeroporto em que se encontravam: Linda.

Diante daquela batalha de olhares e palavras, surgiu outra pergunta no inconsciente de alguns ali presentes: Quem era a preterida de Karol?

Vez que em alguns momentos, no calor daquele embate, parecia ser a preterida: Linda. Mas, em outros ele demonstrava não passar de uma mera encenação das duas, por isso achavam ser ela: Bruna. O que deixou subentendido ao lançar tais perguntas indiscretas à atriz, demonstrando o seu descontentamento com o que tinha acontecido em São Paulo.

Aliás, aqueles ali presentes não saberiam dizer quem era, naquele embate, a loba em pele de carneiro, ora era Karol outra Bruna, porque os papéis se invertiam a cada momento. 

Como naquele momento era a atriz quem a fuzilava de perguntas insultuosas, com uma amarga ironia:
_ Karol sua petulante, diga para os seus telespectadores o quanto tudo isto te faz feliz? O quanto, aliás, o fim do meu casamento lhe agradara?

Muitos se assustaram com a reação de Bruna, até aquele momento parecia estar acuada com as atitudes agressivas de Karol, ao fazer aquelas perguntas tão irônicas, mesmo que a contragosto. Na qual, puderem ver a inversão de papéis, naquele momento, a atriz quem era a loba vestida à pele de carneiro, mas também, no minuto a seguir viram a reação de sua vítima (a repórter), que a olhava com ódio.
 
O que, aliás, por ser costumeiro, esperavam delas aquela atitude, por certos eram sabedores de que Karol não deixaria as posições se inverterem: Bruna a protagonista e ela uma reles coadjuvante naquele “take”. Tratou de afiar suas garras, desferindo outra pergunta bem irônica:
_ Realmente fiquei feliz, mas, na verdade, o que me deixou assim, foi saber que Linda livrou-se de alguém tão desprezível.

Terminou a fala estacando-se diante da atriz, por um curto período de tempo, travaram aquela batalha através de olhares, sendo dispersas pela pergunta do repórter Paulo José:
_ A SENHORITA poderia dizer quais são os seus planos?

Na verdade, por ele ser o profissional mais antigo dos ali presentes, temeroso de que aquele embate pudesse ter um fim desastroso, achou por bem, trazer para si a atenção de todos, especialmente a de Bruna.

Que apenas continuou a dizer?
_ NADA A DECLARAR!

Não satisfeita, com a resposta de Bruna as suas perguntas, voltou a questioná-la sobre aquele rapaz: (Será esse o verdadeiro motivo?)
_ A SENHORITA ainda não disse se este rapazinho ao seu lado é o seu novo “affair”?

Antes que ela respondesse, ele o fez:
_ Não Bruna me desculpa, mas serei eu a dar resposta à pergunta desta SENHORITA!!!
 
O rapaz voltou o seu olhar na direção de Karol e a respondeu, com um grau de ironia:
_ Eu sou apenas um fã, melhor dizendo, um entre os MILHARES de admiradores desta talentosa atriz Bruna Sednem. (suspirou) Manda a verdade dizer que por admirá-la, eu irei apoiá-la, independentemente, do que ela tenha feito em sua vida particular.

Por fração de minuto voltou o seu olhar para a atriz com ternura, mas retornou a fitar os olhos de Karol e continuou a respondê-la:
_ SENHORITA, o que importa para mim. (Sorriu com ironia) E, posso afirmar para a maioria dos seus admiradores, é a sua competência como atriz. (suspirou) Isto, todos vocês estão de acordo.

Lisonjeada a atriz exclamou:
_Obrigado!

Aquele rapaz, que até aquele momento era uma pessoa desconhecida para ela, teve uma atitude diferente daqueles que a conheciam. O que lhe arrancou um sorriso verdadeiro, no meio de tantos falsos. Mas a alegria durou pouco, vez que a repórter Sandra Biank fez questão de perguntar sobre Linda.
_ Bruna, por favor, você tem notícias de Linda?

Novamente deu a mesma resposta evasiva:
_ NADA A DECLARAR!

Nesse momento, como em outros, um paparazzo entrou a sua frente e disparou à máquina de fotografia, que por extinto Bruna se protegeu. Certamente, tal imagem seria utilizada, na intenção de mostrá-la acuada com aquela situação.
 
Usando da ironia que lhe era peculiar, em se tratando da atriz (Será que é somente com ela?), a repórter voltou a disferir um turbilhão de pergunta:
_ Bruna Sednem!!! Por favor, esclareça aos seus admiradores (disse apontando para o rapaz), o que Senhorita andou a fazer desde que saiu da boate GUS em São Paulo? Ou melhor, naquele hotel?

A atriz retrucou:
_ Sua atrevida!

Nesse momento a reação da repórter fora imediata, o músculo entre as sobrancelhas se juntou, o seu corpo pendeu para frente dando um sinal claro de que a raiva chegara ao limite. Ela aproximou-se da atriz e disse em tom de ameaça:
  _ Melhor você responder as minhas perguntas, porque senão contarei a Linda, algumas coisinhas sobre a SENHORITA.

Na verdade, a ameaça não passara de um blefe, vez que ela jamais publicaria algo que a impedisse de obter o seu intento: ter para si Linda. Por certo, queria destilar o seu veneno e ver a reação da atriz ao ser ameaçada.

Bruna não acreditando no que acabara de ouvir e questionou-a:
_ Hum! O que você falou?

Ironicamente falou:
_ Não se faça de boba DONA BRUNA, você entendeu muito bem o que lhe confidenciei.

Temerosa Bruna a indagou:
_ Mas! Mas! (gaguejou) O que você sabe? (respirou fundo) E quem foi que te contou?

Ainda em tom baixo, disse:
_ Bem, quem me contou não é do seu interesse. (sorriu) Agora espero que a SENHORITA seja boazinha e responda as minhas perguntas (sorriu), ok!

Indignada a atriz lhe respondeu:
_ Nem morta!

Irritada Karol continuou a ameaçá-la:
_ Você está pagando pra ver. (fitou os olhos nos da atriz) Então começarei, se você não responder a duas perguntas.

A repórter respirou fundo, sorriu e fez as ditas perguntas:
_Bruna Sednem, por onde a SENHORITA andou depois de sair daquela boate?  E o que você tem a declarar sobre suas atitudes escandalosas? Aliás, depois de cometer aquele ato tresloucado, sem pensar que atingiria friamente uma pessoa maravilhosa como “Linda Alvarez”?
 
A atriz respirou fundo, para se controlar e não partir para cima dela e disse:
_ Karol Avles, eu não responderei a nenhuma de suas perguntas. Em respeito à Linda.

Ironicamente retrucou:
_ Respeito! Quem você?!

Que ao ouvi-la disse:
_ Basta! Se por acaso cometi ou não um ato tresloucado. (bufou) Eu, que sofrerei as consequências.

Nesse ínterim, com ajuda de alguns repórteres Antônio tinha conseguido abrir caminho para que Bruna entrasse no carro e saísse dali.
_ Bruna, por favor, entre no táxi.

Para a sua surpresa, Bruna lhe fizera um pedido:
_ Por favor, venha comigo.

Ainda surpreso o aceitou:
_ Vamos!

Foi assim, que ela deixou o aeroporto, amparada por um dos milhares de fãs e ajudada por muitos repórteres ali presentes, em respeito à outra personagem desta história, Linda. Amada por todos eles. Certamente, em fração de minuto tinha sido veiculado alguma notinha infame, sobre o que acontecera ali.

Karol viu o carro sumir de seus olhos, expressando em seu rosto um sorriso vitorioso. A qual, aliás, ao travar aquele embate, melhor dizendo, aquele duelo emocional, como se ela estivesse a brincar em uma ciranda de roda:

CIRANDANDO
POR BTSE


Belos domingos,
Sonhos de criança,
Brincadeiras na calçada,
Sorrisos no ar.

Me pego cirandando, com o tempo.
Nas voltas que o mundo dá
Em cada volta o passado e o presente
Em um lindo devanear.

Vejo a mulher olhando para o nada,
A moça sonhando acordada
A menina esquecendo a boneca
E uma criança por ela chorar.

Fito um olhar perdido
Um sorriso escondido
Um riso maroto,
Uma gargalhada no ar.

Cirandando me vejo criança,
Correndo na praça,
Fazendo pirraça,
Para o tempo girar.

Hoje a menina virou mulher,
Corre na rua,
Faz pirraça
Para o tempo parar.

Comente a sua opinião é muito importante.

AS MARGENS DO RIO QUE SÃO OS SEUS OLHOS, EU SENTEI E CHOREI”
ROMANCE 02.0002.023 - 24/05/15
Lei de Direito Autoral nº 9610/98

NOTAS FINAIS: 
                              
->>>PARA VOCÊ MAR…

Ciente que:  
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2 comentários:

  1. Confesso que não li o texto todo, mas amei a poesia final "Cirandando". Me sinto a cirandar nesse belo domingo:)

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