segunda-feira, 23 de março de 2015

CAPÍTULO 21 – SUEÑOS (MEU CORPO QUER VOCÊ)

Luana desejava que Linda olhasse em seus olhos, que nada mais a perguntasse, que somente extravasasse toda a alegria, que estava sentindo. Como na música Sueños, de Diego Torres (Composição: Cachorro López – Sebástian Schon – Diego Torres).



MEU CORPO QUE VOCÊ


Desde o momento em que elas se entreolharam no cabaré uma passou a margear os olhos da outra. Dali em diante passaram a margear o rio da vida cuja água seguia o seu curso, sem saberem em qual oceano ele desembocará.


Seria ele um oceano de sentimentos profundos e verdadeiros ou em um lago de sentimentos contidos? Seria ele um oceano de sentimentos avassaladores, mas sendo esses momentâneos. Ou um rio de um sentimento instantâneo, melhor dizendo, somente por aquela noite?


Bem diferente, ao que os seus olhos estavam a margear, quando desembocaram em confluência naquela faixa de pedestre, ao se entreolharem pela primeira vez. Naquele curtíssimo espaço de tempo eles começaram a sua junção.


Concluída na sala da gerência do cabaré quando uma amou e foi amada pela outra, nesse prazeroso momento os seus olhos passaram a margear o mesmo rio, o da vida. 


Mas só tiveram a convicção do que estavam a sentir uma pela outra era imensurável, dentro do carro, quando se aproximavam do apartamento de Linda.


Ocasião em que os seus olhos passaram a margear um rio de dimensões imensuráveis (a vida a duas), cujas suas águas eram volumosas e profundas.


E com certeza tudo o que elas viveram ao longo dos últimos as fizeram sabedoras de que por muitas e muitas vezes ele poderá ter no curso da vida (a duas) fortes corredeiras e até quedas d'água que causarão inundações ou o tornarão inavegável, momentos nos quais uma será o abrigo da outra para manterem-se salvas e unidas.


Ouso dizer, que fora dentro daquele carro o amor acabou de forjar o elo, que as manterão unidas para enfrentarem as intempéries da vida, principalmente a da vivência a duas.


Diga-se de passagem os olhares confessos, os gestos ousados, lábios e mãos contidas, mas, ao mesmo tempo, desejosas de que elas continuassem o que estavam a fazer (suspiros), as incitando para uma amar e ser amada pela outra dentro daquele carro, era o amor forjando o elo, que as uniu.


(risos) Incitação que tornou o percurso entre o cabaré localizado em Copacabana e o apartamento de Linda, na Barra da Tijuca interminável, de tanto era o desejo de se terem.


O qual, aliás, no afã de saciá-lo as fizeram agir em cada sinal de trânsito fechado durante todo o percurso, inspiradas na voluptuosidade que uma tinha proporcionado a outra, minutos atrás, como se estivessem nas preliminares do que aconteceria no apartamento, momentos depois. (suspiros, imaginando-as).


Lascívia que sequer João (o porteiro), testemunha da empatia existente entre elas, imaginaria o que estava a acontecer dentro daquele carro.


Aliás, esse ao ser deixado no ponto de ônibus pelas duas, sorrira ao pressentir de que algo importante estava acontecendo entre elas. Vez que, ao deixarem a sala da gerência não conseguiam mais disfarçar a sua grandiosidade, tamanha era a felicidade expressada em seus rostos, mesmo que elas tentassem disfarçá-la.


E quando seguiu o curso da vida, rumo à plenitude do amor, ele ficou ali no ponto tão feliz, quanto elas estavam e em silêncio as abençoo.


Certamente, os seus olhos confessaram ao encontrarem, nos momentos que tiveram juntado entre o cabaré e o ponto de ônibus, que desejavam dar continuidade ao que tinham vivido dentro da sala da gerência. (risos)


E ele estava certo, o curso das águas do rio da vida as levaria a viver naquela madrugada e por todo sempre, no ancoradouro dos seus desejos mais íntimos, o apartamento de Linda: a plenitude do amor puro e verdadeiro.


Aquele homem tão simplório, de traços comum e semianalfabeto tinha pressentido o quanto aquele encontro às tinham envolvido de algo muito maior do que uma simples amizade.


O que elas e nem o porteiro até aquele momento imaginariam que ela estava a viver, desde o primeiro olhar trocado naquele incidente (o quase atropelamento), um amor ao primeiro olhar.


Aliás, sentimento que por si só respondera as algumas perguntas do turbilhão de questionamentos feitas aos seus eu sofridos surgidos, quando de suas respectivas separações: A de que estavam certas em não tentar uma reconciliação; A de que acertaram quando decidiram por aceitarem o fim de seus casamentos, fadados ao fracasso; E a de que não era amor, o que achavam sentir por seus respectivos ex-companheiros. Que na verdade era uma afeição (paixão), que o tempo e as totais incompatibilidades de gênios trataram de forma dolorosa, dissipá-la.


Quando as demais respostas, tão quão importantes as que tinham sido respondidas até aquele momento, foram sendo dadas a cada afluente (os acontecimentos), que ao rio se juntavam.


E o qual contemplava de mãos dadas e com as almas forjadas pelo amor, toda a beleza do mundo.


Urge dizer que naquele momento, como ainda o é, uma era o mundo contemplado pela outra. Mesmo com as imperfeições comuns aos seres humanos, mas que o amor, com certeza, as ajudou transpô-las.


Bem diferente ao que tinha acontecido com os seus relacionamentos anteriores, desgostosas com os seus companheiros, por vezes sentaram e choraram as margens dos rios, que os seus olhos estavam a margeá-los, quando casadas estavam.

Na verdade, o que elas sentiam em relação a esses era apenas uma afeição ou uma forte atração sexual, ao longo do tempo foram dolorosamente se dissipando.


Cada fase deste relacionamento fadado ao fim está contida nas entrelinhas das letras de muitas canções compostas por Linda. As quais, por sinal foram dadas forma poética para canto as emoções, as verdades implícitas em sua alma e no seu coração, que não conseguia dizê-las.


À época, eles eram tão conflitantes que a empurrara para um abismo sem fim, sem que até aquele momento houvesse encontrado uma forma de sair dali. O mais interessante era que Luana partilhava da mesma sensação, com o seu casamento.


E fora quando se tocaram pela primeira vez, ao se cumprimentarem no cabaré, uma passou a ser para a outra o caminho, a corrente, a fenda que as tirariam dos abismos em que se encontravam.


E a cada vez que os seus olhos se encontravam, como fosse um afluente se juntando ao rio da vida, respondia uma pergunta, ou dissipara um medo ou aflição que as empurraram para aqueles abismos.


Com certeza, unidas como as águas do rio da vida, as quais os seus olhos margeavam e que à época começaram de mãos dadas e entregas uma a outra, segui-lo até o ponto em que ele se lançaria ao mar ou noutro rio: o da felicidade.


Elas estavam à mercê de um vento fresco e brando do querer bem, mesmo sabendo que enfrentarão como estavam até horas atrás a enfrentar trombas da água, que se dissiparam rapidamente, quando da junção dos rios, que em suas margens sentaram e choraram.

E depois, ao longo da caminhada as margens do rio da vida ocorrerão trombas d'água, que a profusão de sentimentos (advindas do amor), que forjara as suas almas, servirão de base para manterem-se salvas e unidas.

Tornando-o novamente de águas calmas e cristalinas, para que possam prosseguir a caminhar até encontrarem a foz do oceano ou doutro rio: o da felicidade.


O que, aliás, começaram a caminhada explicitando durante todo o percurso do cabaré até a Barra, o que desejavam vivenciar quando elas chegassem ao apartamento de Linda. 
 
A empatia das duas era tamanha que uma entendia o que a outra dizia nas entrelinhas das frases que os seus olhos trocaram, desde que se reencontraram no cabaré.

E se tivesse alguém dentro daquele carro, além das duas, testemunharia o que duas mulheres libertas pelo amor, seguiam o curso da vida. Entregues ao desejo de atracarem em um porto para elas considerado seguro, o apartamento de Linda, para viverem a plenitude do amor.


Vezes que no carro descobriram ser amor o que estavam a sentir, por isso desejavam viver como vivem, a felicidade plena de amar e ser amadas uma a outra.


E o turbilhão de questionamentos que as afligiram até aquele momento, se transformaria no de emoções, que foram e é prazerosamente por elas vivida intensamente. 
 
Envoltas nessas emoções Linda buscou no porta-luvas um CD de Vânia Abreu e escolheu a música Entre Nós (Composição: Paulo Dáfilin e Mauro D’alaqua).


Linda e Luana vivenciaram estrofe a estrofe, que a canção dizia. Principalmente a de que uma tinha escolhido a outra, como na música, entre a razão e o querer.


Emocionada lembrou-se do poema que há tempos tinha lido e que em Costão de Santinho recebera da poetisa Fênix, de quem era fã, a autorização para declamá-lo em seu novo show, antecedendo a música que estava a compor.


E toda orgulhosa mostrou-a tecendo comentários elogiosos:


Olá… Bem…. vou pedir pra “dona” do poema se ela autorizar (rrsrsrsr) brincadeirinha. É claro que você pode usá-la. Será uma honra poder estar presente no teu projeto, através do meu escrito. Obrigada pelas palavras de incentivo. Beijos carinhosos em seu coração”.  (Fênix)




NAQUELE MOMENTO ERAM DUAS MULHERES FELIZES A CAMINHO DE UM PORTO SEGURO O APARTAMENTO DE LINDA, ESPERANDO O SINAL DE TRÂNSITO LOCALIZADO NO MEIO DA AVENIDA SERNAMBETIBA, ABRIR.


E no qual, aliás, Linda parara dias atrás desesperada por ter perdido, o que ela achava ser o grande amor de sua vida, leto engano. Verdade seja dita, naquele sinal à época aproveitou os segundos ali parada, para decidir mudar o curso da vida.


No entanto, ao contrário daquela vez que ali estivera, vivenciando a felicidade plena do amor e usando dos segundos faltantes a que ele abrisse e fazendo da música o fundo musical, para declamá-lo a mulher que seria como é, o seu puro e verdadeiro amor.


SENSAÇÕES
POR FENIX


Teu jeito de me beijar, desperta em mim
ternura, carinho e muito desejo.
 Minha pele se arrepia e meu corpo se contorce
só de pensar em ganhar de ti mais um beijo.

Quando nossos corpos se enroscam
misturando nossos fluidos e sensações,
deixamos que o mundo lá fora fique estagnado
pois só ouvimos mesmo, as batidas de nossos corações.


E no calor do amor que nos une
o mundo se torna pequeno diante de tanta ternura.
Viajamos por nuvens coloridas e perfumadas
enquanto sorrindo, em minha mão, você segura.

Somos duas pessoas e dois corpos
que tornam uma só vida embalada pelo amor.
Caminhamos confiantes e de cabeça erguida;
criamos nossa estrada e seguimos juntas seja aonde for.

E assim quando te olho adormecida em meus braços
sinto que você me completa e me faz feliz.
Sei que o mundo gira e tudo pode se transformar,
mas confesso que você é a pessoa que eu sempre quis.

Sei que o que nos une não é apenas o desejo.
Não somos movidas apenas pelo fogo da paixão,
nós nos amamos e isso fica evidenciado pelos nossos olhos
pois quando nos olhamos, eles refletem nosso coração.



Ao fim, ainda conseguiram ouvir a última estrofe da canção, que por sinal era bela. E completava, cada palavra declamada da poesia, traduziam o que elas estavam a vivenciar, melhor dizendo, o que uma estava a sentir pela outra.
 
Tanto que ao fim do último verso do poema Luana estava tão emocionada, que não conseguira controlar que algumas lágrimas teimassem em sair dos seus olhos. (suspiros) E entre um soluço e outro, não parava de exclamar o quanto ele era lindo.


Realmente, ele descrevia o que uma despertava na outra, até um simples beijo, as instigavam a viver este sentimento único, vivenciado por todo sempre, se o mundo ali acabasse.


E até mesmo nos momentos em que uma tromba da água caía sobre o rio da vida, uma será o abrigo da outra, até que ela se dissipe e volte o tempo da bonança.


Como os que estavam a viver dentro daquele carro, não poderiam saber se elas o seguirão o mesmo curso, mas em seus íntimos desejos gritava a vontade de o seguirem unidas, uma margeando os olhos da outra.


Quando ouviram no rádio do carro o funk melody Meu Corpo Quer Você, do Naldo (risos). O qual exprimia em palavras, o que os seus corpos desejavam sentir, o mesmo prazer que uma proporcionara a outra, horas atrás.

Linda passou a língua nos lábios para umedecê-los, desviou o seu olhar para os de Luana e fez a segunda voz na canção, mesmo estando a dirigir (risos), para o desespero da amada.


Como pôr o acaso ou a necessidade de chegarem ao porto seguro a toda à pressa, para que elas explicitassem a exaustão, o que seus corpos deliravam fazer ali mesmo.

Justamente, quando parara no último sinal de trânsito antes do seu apartamento, buscou os lábios de Luana beijando-o, passou a mão por suas pernas já desnudas e disse apontando para o prédio, no qual morava:
_ É aquele prédio, Lu! (sorriu, roubou um beijo e continuou a falar) No qual os meus desejos mais íntimos deposita esperanças (passeou a mão por sua perna) de que ele seja de hoje em diante o porto seguro, como na música (suspirou) onde viveremos o nosso amor.


Olharam-se reciprocamente, depois de ficar por alguns segundos silentes, o que se ouvira dentro aquele carro eram os seus corações batendo harmoniosamente, a certeza que tomava conta do seu eu, que desejavam seguir unido o curso do rio da vida, muito além da eternidade.


E quando se entreolhou novamente, Linda esmoreceu ao ponto de se apoiar no volante, ao ouvir aquela voz doce chamar a sua atenção:
_ Linda!!!


A cantora submissa aos desejos da amada, exclamou:
_Oi, meu amor!


Luana explicitava através dos seus olhos, que irradiavam um brilho ímpar, que só os apaixonados emanam. E o qual, aliás, confessavam o que ela não conseguia mais esconder de Linda e confessou:
_ Linda!!! Não consigo traduzir em palavras o que estou a sentir por você. Juro nunca ter sentido algo igual por ninguém.


Emocionada, mas, ao mesmo tempo, aturdida, também confessou:
_ Idem, meu amor!!! (suspirou) Mire os meus olhos e veja neles o mesmo brilho que os seus irradiam.


Luana suspirou longamente, então exprimiu o pensamento:
_ Isso é loucura, Linda!!! (balançou a cabeça) Nós nos conhecemos há tão pouco tempo (suspirou), aliás, há algumas horas apenas. Como um sentimento tão intenso, pode acontecer desta maneira?!

Linda achou por bem estacionar o carro, então fez um gesto carinhoso no seu rosto, se aproximou, buscou os seus lábios o beijou suavemente, suspirou e disse:
_Olhe nos meus olhos, eles confessam tudo o que estou por sentir. Não consigo mais viver sem sentir o seu corpo junto ao meu.

Com os olhos marejados de lágrimas Luana e exclamou:
_ Mas….


Linda não deixou que ela terminasse a fala, com a emoção a flor dos olhos, continuou a declarar o que estava a sentir:
_ Eu estou certa de que sem tê-la ao meu lado, os meus olhos ganharam o tom da escuridão total. (suspirou, depois ela sorriu e continuou a falar) O pior, receio perde a voz se você não estiver a me ouvir.


Luana enxugou as lágrimas que teimavam a saírem dos seus olhos e com a voz embargada, pediu que ela dissesse o que realmente estava a sentir:
_ Linda Alvarez!!! Por favor, traduza em uma palavra o que você estar a sentir, por mim. (suspirou alto) É paixão ou amor?


Antes de responder Linda também enxugou as lágrimas que teimavam a sair dos seus olhos, continuou a sua confissão a meia voz:
Lu! O que eu sinto por você é algo bem maior do que a paixão e maior do que o desejo de pele, de cheiro, de gosto. É AMOR!


Carinhosamente Luana secou, com as pontas dos dedos as lágrimas que teimavam a sair dos olhos da cantora e declarou em confissão:
_ Li! Eu sinto o mesmo por você. E agora?




POR FRAÇÃO DE SEGUNDO OS SEUS LÁBIOS SILENCIARAM


A fim de quebrar o silêncio que se sucedeu, depois da fala de Luana, a cantora fitou os seus olhos e disse:
_ Lu! Vamos deixar a vida nos levar… (risos) parafraseando o meu amigo Zeca Pagodinho.


Luana sorriu, beijou-a, ficou por alguns segundos fitando os seus olhos, suspirou e disse:
_ Tudo bem, amor! Então sigamos JUNTAS, o curso do rio.


Ao ouvi-la Linda sorriu, passeou sua mão pelas pernas da amada, beijou-a com certa intensidade, ligou o motor do carro e exclamou:
_ VAMOS!


Sorrindo, voltou a seguir em direção ao seu apartamento, protegidas pelo vidro do carro, Luana apenas assentiu com a cabeça.


Enquanto Linda seguiu acompanhada e feliz para o seu apartamento. Bruna, por sua vez se encontrava noutro apartamento, localizado no Leblon, outro bairro nobre do Rio de Janeiro, solitária e amargando a dor causada por seus atos impensados.


Somado a tudo o que ela tinha passado no Aeroporto Galeão – RJ e que a deixara sem forças e sem ânimo, para dar um novo curso ao rio, que os seus olhos estavam a margeá-lo. Que naquele momento suas águas estavam revoltas e remexidas.

Diga-se de passagem, à época as lágrimas saídas dos seus olhos contrastava-se com as de Linda: as de uma eram de felicidade e a da outra eram de tristeza.


Tristeza, aliás, que para muitos seria obra do acaso, para maioria seria o castigo que a vida estava lhe impingindo, por tudo que fizera Linda sofrer. Mas, na verdade, seria consequência de seus atos, sendo ele impensado ou não.

Verdade seja dita, os por ela cometidos em São Paulo, era a ponta de um iceberg, que tinha desprendido dos mares polares e que flutuara até o rio da vida, que os seus olhos estavam a margear.
Iceberg, aliás, que representava em sua vida os atos por ela cometidos ao longo dos últimos anos, que fizeram do seu coração uma massa de gelo flutuante.


Já que vem ao caso, ouso dizer, que toda aquela dor aguda que a incomodava era nada mais nada menos do que o resultado natural dos atos inconsequentes, por ela cometidos ao longo dos últimos anos.


E por via de consequência tinha abalado emocionalmente todos os seus familiares e aqueles que a rodeavam, no qual Linda se a inclui, à época.


Consequentemente os levaram, por vezes, a vivenciar situações dolorosas, que os constrangiam quando apontados à rua ou onde eles estivessem, como os pais da famosa que protagonizara aquele escândalo, com outras duas mulheres em São Paulo, deixando-o que ele vazasse nos programas de entretenimento ou site de fofocas.


O que a levara, como Linda fizera dias atrás, remexer no baú dos sentimentos e revivê-los.


BENDITA LEMBRANÇA
POR BTSE


Anos atrás,
Em um minúsculo pedaço de papel,
Escrevi um poema
Revivendo o meu passado,
Lembrei-me daquele papel guardado.


Comecei a procurá-lo,
Nesses minutos de busca
Refleti sobre o meu passado,
Revivendo minhas boas lembranças.


Ao encontrar tal poema,
Naquele papel dobradinho e abandonado,
Percebi que a minha vida
Estivera assim como ele.


Ao reler aqueles versos,
Tão amarelados quanto o tempo do papel,
Surpreendi-me com tal poder.


Eram versos livres
Soltos como a vida à época,
Mas eram de pureza ímpar!


Tão puros que como por encanto,
E como o papel ele se desfez…


Quando lembro-me daquele poema,
Vejo que naqueles simples versos,
Escrevi minha verdade
Que só hoje eu consigo entender.


Eram tão gratas as lembranças,
Ao lê-lo descobri que para poetizar o amor,
É necessário verdadeiramente
Vivê-lo intensamente.
 
Lei de Direito Autoral nº 9610/98
Reeditado: 22/02/15

Notas finais:
                        Obrigada Mar...


Um comentário:

  1. Céus... Estou com dificuldades de dar sequência a leitura desta maravilhosa história, haja vista q por vezes necessito parar, respirar, e enxugar minhas lágrimas q se fazem presentes toda vez que reconheço nesta história sentimentos que vivi... Ah o olhar, o brilho de um olhar diz tudo, assim como nos eleva a felicidade desmedida ao reconhecer nos olhos de seu amor, o amor, que a ele oferta, em outros momentos nos joga em um buraco negro, de dor, quando não mais reconhecemos nele o brilho de outrora.

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